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Já temos caixões que não matam o ambiente


12.º Ano BIOLOGIA - V. Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

Materiais tradicionais demoram muito tempo a decompor-se
Já temos caixões que não matam o ambiente

22.04.2008 - PÚBLICO.PT / Nicolau Ferreira

Rui Gaudêncio (arquivo)

Os caixões tradicionais são pouco amigos do ambiente


Somos postos dentro de caixões, transportados e enterrados. Diz-se que o corpo repousa em paz, mas as mentes verdadeiramente ambientalistas devem rebolar na campa se prestarem atenção ao seu redor.

Os tecidos de poliéster que rodeiam as pessoas, por serem artificiais, dificultam a decomposição do corpo. A madeira não é a mais apropriada para se degradar e os vernizes sintéticos que a cobrem são poluentes. Os metais que fazem as pegas dos caixões estão longe de serem inertes e com o tempo os elementos metálicos vão desaparecendo terra abaixo.

Todos estes processos químicos estão acumulados em locais precisos que não são estanques. Os cemitérios vertem. “O impacto dos cemitérios começa por depender da sua localização”, disse ao PÚBLICO Alberto Lima, investigador na área das ciências da Terra e professor na Universidade do Minho. Lima adianta que a decomposição dos corpos e os caixões são a maior fonte dos males: “Os caixões não são constituídos por substâncias inertes. Com o tempo vão libertando componentes como os metais”.

A Servilusa, a empresa que gere mais agências funerárias em Portugal, empenhou-se em “matar” metade do problema. Desde Março de 2007 que tem uma larga oferta de caixões ecológicos. Nestes caixões os vernizes sintéticos são substituídos por aquosos, os tecidos são feitos a partir de fibras naturais, estudaram-se as madeiras para se utilizar as que se degradam mais rapidamente, os caixões articulam-se sem precisar de dobradiças e as abas de metal são retiradas antes de a urna ser enterrada.

Desta forma, os caixões já podem ser "verdes" sem perderem tradição, beleza ou cerimónia. “As urnas ecológicas que existiam até agora nem vernizes tinham”, afirmou ao PÚBLICO o director do sector financeiro da Servilusa, Paulo Carreira. “A grande revolução é que as nossas urnas não perdem a estética, a tradição”. E a ideia pode ter pernas para andar e vingar na Europa.

À espera da norma europeia
Durante 2006, a empresa trabalhou no projecto. No final do ano, a Associação Portuguesa de Profissionais do sector Funerário (APPF), da qual Paulo Carreira é director, reuniu esforços com o Instituto Português da Qualidade (IPQ) para formular a norma sobre Urnas Funerárias e a sua sustentabilidade. Segundo Carreira, a percentagem de utilização no país ainda é pequena, “é uma tendência que tem que crescer”.

Os elementos metálicos das urnas, uma vez no solo, acabam por contaminar a terra e, posteriormente através da água das chuvas, os lençóis freáticos. “Os efeitos dos metais, assim como os nitratos [compostos libertados pela decomposição do nosso corpo] podem trazer consequências a médio e longo prazo para a saúde das pessoas”, explica Lima.

Mas os antigos caixões também dificultam a própria decomposição do corpo. Madeiras duradouras, tecidos e vernizes sintéticos obrigam a adiar as exumações. “A decomposição é dificultada por causa dos lençóis de poliéster”, afirma Carreira. Este problema torna os cemitérios, já por si sobrelotados, mais difíceis de gerir.

A questão é pertinente na Europa, principalmente nos países mediterrânicos onde a cremação não está tão implementada como no Norte e a antiga tradição do enterro continua vigente. Na sexta-feira e sábado da última semana, a Federação Europeia de Serviços Funerários (EFFS) reuniu-se em Lisboa para debater questões sobre o sector funerário. Paulo Carreira participou como director da APPF e levou consigo o conceito dos caixões ecológicos. “O projecto foi discutido com a comissão e vão falar com outros parceiros. Vai tentar-se uniformizar a questão”.

Quem for ao sítio da Servilusa e olhar para as ofertas de caixões, nem vai notar as diferenças. "Temos vernizes aquosos bastante brilhantes, com diferentes tonalidades", explica Paulo Carreira, tentando demonstrar que a essência do objecto não se perdeu. Por isso, da próxima vez que alguém calcular a sua pegada ecológica não se pode esquecer: na hora da morte, caixão ecológico ou não?

Terça Apr 22, 2008 14:33 / netxplica.com

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