Portugal é o 2º país europeu que mais aumentou emissões

12.º Ano BIOLOGIA - V. Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

Portugal é o 2º país europeu que mais aumentou emissões


Portugal é o segundo país europeu que mais aumentou as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) entre 1990 e 2004, revela um relatório hoje divulgado pela Agência Europeia de Ambiente (AEA).
O nível de emissões de GEE em Portugal passou de 60 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente em 1990 (ano tomado como referência pelo Protocolo de Quioto) para 84,5 em 2004, ou seja um acréscimo de 41%, bem distante das metas impostas por Quioto.

Ao abrigo do Protocolo de Quioto, a União Europeia é obrigada a reduzir em oito por cento, entre 2008 e 2012, as emissões de GEE face ao total do ano de referência de 1990.

No entanto, enquanto alguns estados-membros são obrigados a reduzir as suas emissões, outros podem aumentá-las, como é o caso de Portugal, que tem como objectivo não ultrapassar um crescimento de 27% no mesmo período.

Pior que Portugal só Espanha, que aumentou as suas emissões em 47,9% entre 1990 e 2004 e tem como objectivo um acréscimo de apenas 15% do nível de emissões.

O CO2 é considerado o principal GEE sendo responsável por 83% do total de emissões dos 25 estados-membros da União Europeia em 2004 (4.116 milhões de toneladas).

A maioria das emissões deste gás (80%) tem quatro origens principais: a produção de energia (28%), o transporte rodoviário (23%), a indústria e construção (16%) e o sector residencial (12%).

O crescimento do transporte rodoviário foi considerado o principal motivo para o aumento de 0,6% de emissões de CO2 na UE em 2004, comparativamente a 2003.

Por outro lado, as emissões de metano, o segundo GEE, que representa 7,5 por cento do total de emissões, diminuíram 26% em 2004.

O inventário indica que a diminuição se deveu à redução da deposição de lixo em aterros e ao declínio da produção de gado, identificadas como as duas principais fontes de emissão deste gás.

Quanto aos óxidos nitrosos (N2O), responsáveis por 8% do total de GEE, tiveram uma redução de 18%.

A AEA atribui esta quebra às medidas de redução da produção de ácido adípico, usado como acidificante, aromatizante e levedante.

No que respeita aos gases fluorinados (1,6% do total de GEE), as emissões em 2004 estavam 19% acima do ano de referência.

Mais de 70% das emissões deste GEE, resultam do consumo e produção de HFC, substâncias que substituíram os CFC nos sistemas de ar condicionado e refrigeração.

O inventário contabiliza também as emissões de monóxido de carbono (CO), óxidos de azoto (NOx), Compostos Orgânicos Voláteis (COV) e dióxido de enxofre (SO2) que influenciam indirectamente as alterações climáticas.

O CO, o NOx e os COV, por exemplo, são substâncias precursoras do ozono, também ele um gás com efeito de estufa e que registou níveis recorde em Portugal no ano passado.

Na União Europeia, todas as emissões deste tipo de substâncias foram consideravelmente reduzidas, com valores que oscilam entre os menos 70% do dióxido de enxofre e os menos 31% dos óxidos de azoto.

Diário Digital / Lusa
22-06-2006 16:15:00

Quinta Jun 22, 2006 23:44 / netxplica.com

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