Redes domiciliárias de água e esgotos são prioridade

12.º Ano BIOLOGIA - V. Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

Ministro diz que redes domiciliárias de água e esgotos são prioridade no próximo ciclo de fundos
06.06.2006 - 18h56 Lusa / PÚBLICO.PT


A construção de redes domiciliárias para abastecimento de água e recolha de esgotos em todo o país "é uma prioridade para o próximo ciclo de fundos comunitários", disse hoje o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, no Fundão.

"Em vez de cada câmara municipal trabalhar por si, vão desenvolver essa actividade em conjunto com as empresas do grupo Águas de Portugal", disse Nunes Correia.

As declarações do ministro surgem um dia depois de assinados protocolos entre 140 municípios e empresas gestoras de sistemas de abastecimento de água e saneamento, num investimento de 27 milhões de euros que, segundo a tutela irá beneficiar cerca de metade da população de Portugal.

"Os grandes sistemas regionais estão construídos, agora é a vez das redes domiciliárias. É essa a prioridade para o próximo ciclo de fundos comunitários", realçou o ministro.

"Queremos estar preparados com projectos para quando os fundos estiverem disponíveis", acrescentou Nunes Correia.

Dívidas das câmaras à Águas de Portugal deverão resolver-se fora dos tribunais

A quase totalidade das câmaras com dívidas ao grupo Águas de Portugal já assumiu um calendário de cobranças, disse o ministro, adiantando que o diferendo poderá resolver-se fora dos tribunais.

Nunes Correia adiantou que as empresas do grupo têm vindo a discutir com as autarquias a forma de pagamento das dívidas, que ascendem "a um valor inaceitável da ordem dos 150 milhões de euros".

"Neste momento não sei dizer, mas a situação está em vias de resolução de uma forma pacífica, sem recurso a vias judiciais", realçou Nunes Correia.

O “Diário de Notícias” noticiou na semana passada que a Águas de Portugal se preparava para avançar com processos em tribunal contra oito ou nove municípios que não cumprem, nem manifestaram interesse em cumprir, o pagamento das suas dívidas.

Citando o presidente da empresa, Pedro Serra, o jornal adiantava que "os valores em causa são da ordem de várias dezenas de milhões de euros" e que a administração pusera em marcha um plano de recuperação das dívidas que poderia chegar à cobrança coerciva.

Nunes Correia participou hoje na inauguração da nova estação de tratamento de águas residuais do Grande Fundão.

Terça Jun 06, 2006 21:49 / netxplica.com

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