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O buraco do ozono não se vai curar antes de 2070


12.º Ano BIOLOGIA - V. Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

O buraco do ozono não se vai curar antes de 2070
13.12.2013 - DN.PT | por R.S.F.



Investigadores ligados à agência espacial norte-americana NASA afirmam que a proibição mundial de utilização de químicos que destroem a camada de ozono da Terra ainda não teve qualquer efeito mensurável.
As alterações registadas anualmente nas dimensões do buraco da camada de ozono existente sobre a Antártida são resultado de variações naturais das correntes atmosféricas e não um sinal de recuperação, segundo estudos apresentados esta quarta-feira na conferência anual da American Geophysical Union.
"O ozono é produzido nos trópicos, mas é transportado pelos ventos para a região polar", afirmou a cientista Anne Douglass, citada pelo site especializado Space.com. "Esse transporte varia um pouco de ano para ano", acrescentou a investigadora do projeto Aura da NASA, que mede as alterações atmosféricas.
Os dados mais recentes permitem concluir que a simples medição do tamanho do buraco da camada de ozono não é a melhor forma de perceber até que ponto a atmosfera do planeta está a recuperar.
Os investigadores preveem que só a partir de 2025 será possível começar a registar resultados da proibição de libertação para a atmosfera de substâncias químicas destruidoras de ozono, os clorofluorcarbonetos (CFC), decidida nos anos de 1990. E que não é expectável que o buraco esteja "curado" antes de 2070.
A camada de ozono, que se situa a cerca de 20 a 30 quilómetros acima da superfície do planeta, serve como proteção dos raios ultra-violeta do Sol, capazes de provocar cancro na pele e outras doenças no ser humano.

Sexta Dec 13, 2013 10:39 / netxplica.com

Buraco da camada de ozono está a estabilizar mas só deverá recuperar totalmente em 2070


O buraco na camada de ozono da Terra está a estabilizar, mas os cientistas da NASA dizem que a barreira de protecção contra os raios ultravioletas só deverá recuperar totalmente lá para 2070.

O estudo chega mais de duas décadas depois do Protocolo de Montreal, o tratado internacional que baniu os clorofluorcarbonetos e outros compostos que prejudicam a camada de ozono.

Os peritos apresentaram estes resultados durante a reunião anual da American Geophysical Union, que decorreu em São Francisco.

Como resultado do tratado, os níveis de cloro na atmosfera baixaram significativamente, mas ainda não o suficiente para evitar a formação de um buraco no ozono: todos os anos, forma-se um buraco na camada de ozono sobre a Antártica, explicaram os cientistas do Goddard Space Flight Center da NASA.

Os especialistas que acompanham a evolução do buraco do ozono dizem que ainda é muito cedo para anunciar uma «recuperação».

Por enquanto, os dois principais factores que determinam o tamanho do buraco na camada de ozono são, por um lado, as variações (de ano para ano) das temperaturas; e, por outro, dos ventos, que todos os anos empurram o ozono na atmosfera dos Trópicos para as zonas polares.

Em 2006, o buraco do ozono atingiu o seu maior tamanho de sempre. Em 2011 ficou com um tamanho semelhante, até que em 2012 registou o seu segundo menor tamanho já registado.

De acordo com dois estudos distintos da NASA, estas flutuações explicam-se também tendo em conta os fenómenos meteorológicos naturais.

Os peritos esperam que nas próximas duas décadas, o buraco do ozono continue a variar significativamente.

«Não será uma viagem suave», disse Susan Strahan, investigadora sénior da NASA, sobre as variações na camada de ozono nos próximos anos. «Haverá alguns solavancos no caminho, mas a tendência é que o buraco [do ozono] venha a diminuir», sublinhou.

Os especialistas prevêem que algures entre 2015 e 2030, o cloro na atmosfera caia até aos níveis de 1990, o que indicaria que a eliminação das substâncias que prejudicam a camada de ozono começaria a ter um efeito notório.

Nesse cenário, uma recuperação total deverá chegar em 2070, explicaram os cientistas.


Diário Digital
13.12.2013

Sábado Dec 14, 2013 0:13 / netxplica.com

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