Fórum Netxplica
  • NETXPLICA
  • LOJA
  • FÓRUM
  • ESCOLA
  • E-LEARNING
  • Explicações
  • Reapreciações
    • Fórum Netxplica
    • Público

      •      
             
    • Utilizadores Registados

      •      
             
    • Utilizadores Especiais

      •      
             
  • Utilizadores
    Entrar / Login
    Registar
    Dificuldades Login/Registo
  • Artigos Ciências 7/8/9
  • Artigos Biologia 10/11/12
  • Artigos Geologia 10/11/12
  • Dúvidas BIOGEO 10/11
  • Dúvidas BIOGEO 10
  • Dúvidas BIOGEO 11

Cientistas conseguem regenerar corações depois de enfarte


11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

Estudo publicado na revista Lancet
Cientistas conseguem regenerar corações depois de enfarte

13.02.2012 - 23:30 Por Nicolau Ferreira


Uma dor tem início no peito. Não pára. Alastra-se para a região do braço esquerdo, vai quase até ao braço direito, chega às costas. Intensifica-se. Custa a respirar, a ambulância vem em socorro. No hospital, um diagnóstico: ataque cardíaco. O coração recebeu uma machadada valente, algumas vezes fatal, mas sempre irreversível, até agora. Uma equipa de cientistas utilizou células do coração de 17 pacientes com enfartes para tratar o próprio tecido cardíaco destes pacientes. Obteve, pela primeira vez, a regeneração de parte do coração. O estudo foi publicado nesta segunda-feira na revista Lancet.

A dor que se sente num ataque cardíaco é um sinal muito sério que parte das células do músculo mais importante do corpo está a morrer. O coração é o motor da circulação, força o sangue a chegar ao último capilar do corpo, de modo a alimentar todas as células. É uma bomba constante que começa a funcionar durante o segundo mês do desenvolvimento do embrião, durante a gravidez, e só termina quando se morre.

Esse bombear é possível graças à contracção das células musculares do coração, que não param. Mas ao longo da vida, devido à alimentação, hábitos sedentários ou até devido à genética, as artérias que alimentam estas células musculares podem de repente ficar bloqueadas e impedir o sangue de chegar a parte das células musculares cardíacas. As células não recebem nutrientes nem oxigénio, deixam de funcionar e morrem. O que se sente é a dor do enfarte.

O órgão nunca mais é o mesmo. Fica com uma cicatriz na região do tecido morto, deixa de conseguir bombear tanto sangue e uma caminhada de seis minutos torna-se num esforço. Mas uma equipa do Cedars-Sinai Heart Institute, Los Angeles, EUA, conseguiu pela primeira vez regenerar eficientemente parte do coração que ficou danificado e diminuir o tamanho das cicatrizes.

Para isso, os cientistas fizeram operações para recolheram células saudáveis do coração de homens que tiveram ataques cardíacos. No laboratório, conseguiram condicionar as células para se multiplicarem em milhões de células musculares. Passado cerca de um mês, os pacientes receberam entre 12 e 25 milhões de células musculares cardíacas. Um ano depois, quase metade da cicatriz tinha desaparecido, e parte do tecido do coração regenerou.

“Isto nunca foi conseguido antes, apesar de se ter passado uma década a fazer terapias de células em pacientes com ataques cardíacos. Agora conseguimos. Os resultados são substancialmente e surpreendentemente melhores do que o que obtivemos em animais”, disse Eduardo Marbán, médico, autor do estudo e director do instituto.

A equipa trabalhou com 25 pacientes, oito serviram de controlo e 17 experimentaram a nova terapia. Eram todos homens brancos, com uma média de idades de 53 anos e tinham tido um ataque cardíaco há menos de dois meses.

Ao longo de um ano, a equipa observou os homens tratados e o controlo. No grupo de controlo, apesar de serem seguidos o melhor possível, não houve praticamente regeneração do músculo nem diminuição da cicatriz. Ao fim de seis meses, o grupo controlo era capaz de andar mais 13,1 metros durante seis minutos, mas ao final de 12 meses andavam em média menos 9,6 metros. O grupo que passou pelo tratamento, durante os mesmos seis minutos, andavam mais 11,4 metros ao final de seis meses e mais 33 metros ao final de 12 meses.

Os ataques cardíacos fazem diminuir a quantidade de sangue bombeado que sai do coração. Embora o aumento desta quantidade fosse muito ligeira nos 17 homens que receberam as células musculares cardíacas e viram o seu coração regenerado, a equipa defende que o prognóstico é muito positivo.

Segundo o artigo, em terapias semelhantes em que se utilizaram células da medula óssea para tratar o coração, a diminuição da cicatriz foi mínima e não foi observável a regeneração do músculo. Ainda assim houve uma melhoria no prognóstico do estado do paciente passado dois anos. Por isso, para os autores, estes resultados que foram agora publicados “dão razões para esperar um benefício clínico ainda maior da [nova] terapia”.

Terça Feb 14, 2012 13:38 / netxplica.com

• Página 1 de 1


Responder

Últimos Artigos da Ciência Seleccionados

Mais de 20.000 artigos distribuídos por anos de escolaridade e respectivos temas programáticos.

  A lontra gigante que viveu na China há seis milhões de anos
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  O que nos une a uma criatura do mar que existiu há 540 M.a.?
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  67% dos corais do Norte da Grande Barreira estão mortos
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Um violento bailado cósmico na origem dos anéis de Saturno
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Debaixo do coração gelado de Plutão há um mar viscoso?
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Girafas sofrem “extinção silenciosa”
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Egipto quer exportar crocodilo-do-nilo para sair da crise
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Sexo, chimpanzés e bonobos
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  Cientistas suspendem no tempo desenvolvimento de embriões
11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

  A ilha de Santa Maria está a erguer-se do fundo do mar
10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

  Dentro de 300 M.a. existirá o super-continente Aurica
10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

  Quando é que as aves começaram a cantar?
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  A cauda maravilhosa dum dinossauro que ficou presa em âmbar
11.º Ano GEOLOGIA - II, Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres

  Subida do nível do mar medida nas dunas de Tróia
12.º Ano GEOLOGIA - II. História da Terra e da Vida

  Por que é que algumas células resistem ao VIH?
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

  Conservação do Lince ibérico
8.º ANO CIÊNCIAS NATURAIS - 2.2. Protecção e conservação da Natureza

  Mulher deu à luz depois de transplante de tecido do ovário
12.º Ano BIOLOGIA - I. Manipulação da Fertilidade

  O mundo encantado dos cavalos-marinhos tem os seus segredos
11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

  Confirmado: Ceres tem água congelada
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Confirma-se: a gravidez muda o cérebro das mulheres
12.º Ano BIOLOGIA - I. Reprodução Humana

  Utilização do fracking pode aumentar número sismos
11.º Ano GEOLOGIA - III. Exploração sustentada de recursos geológicos.

  Metástases do cancro da mama começam antes da detecção
12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

  Português ajuda a descodificar o genoma dos pangolins
11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

  Como é que as aves perderam os dentes?
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  Caixa de ferramentas para editar genes ganhou 2 ferramentas
12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

  Toneladas de lixo estão a chegar a um reservatório de água
11.º Ano GEOLOGIA - III. Exploração sustentada de recursos geológicos.

  Novas tendências das alterações climáticas estão para ficar
12.º Ano BIOLOGIA - V. Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

  Um rio de ferro corre cada vez mais depressa no interior
10.º Ano GEOLOGIA - III. Compreender a Estrutura e a Dinâmica da Geosfera

  As chitas estão em extinção
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  O que se passou com a bactéria da cólera desde o séc. XIX?
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

  Parasita que provocou grande fome na Irlanda veio da América
12.º Ano BIOLOGIA - IV. Produção de Alimentos e Sustentabilidade

  Descoberta uma espécie de rã nova para a ciência
11.º Ano BIOLOGIA - IX. Sistemática dos Seres Vivos

  Descoberto um dos primeiros animais do Atlântico primitivo
10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

  Papagaio da Austrália ficou com as asas maiores
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  Quanto tempo é que os ovos dos dinossauros levavam a chocar?
11.º Ano GEOLOGIA - II, Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres

  As borboletas diurnas de Portugal estão em risco
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Livro vermelho dos invertebrados pode avançar até 2018
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Identificadas proteínas envolvidas na infecção do vírus Zika
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

  Lua formou-se há 4510 milhões de anos
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Certas bactérias aumentam 4 vezes o risco de contrair o VIH
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças


  • C. Nat. 7
  • C. Nat. 8
  • C. Nat. 9
  • BIO 10
  • BIO 11
  • BIO 12
  • GEO 10
  • GEO 11
  • GEO 12


  • LOJA
  • FÓRUM
  • ESCOLA
  • EXPLICACOES ONLINE


  • Twitter
  • Facebook
  • YouTube
  • Youtube
  • Instagram
  • Linkedin
  • © netxplica. luisqueiroga@netxplica.com
  • Powered by: HTML5 UP