Fórum Netxplica
  • NETXPLICA
  • LOJA
  • FÓRUM
  • ESCOLA
  • E-LEARNING
  • Explicações
  • Reapreciações
    • Fórum Netxplica
    • Público

      •      
             
    • Utilizadores Registados

      •      
             
    • Utilizadores Especiais

      •      
             
  • Utilizadores
    Entrar / Login
    Registar
    Dificuldades Login/Registo
  • Artigos Ciências 7/8/9
  • Artigos Biologia 10/11/12
  • Artigos Geologia 10/11/12
  • Dúvidas BIOGEO 10/11
  • Dúvidas BIOGEO 10
  • Dúvidas BIOGEO 11

Catástrofe celular pode fazer com que o cancro apareça


11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

Catástrofe celular pode fazer com que o cancro apareça de repente
07.01.2011 - PÚBLICO.PT | Nicolau Ferreira


Nunca se tinha descrito tal coisa. Um ou dois pedaços de cromossomas de uma célula normal são partidos em pedacinhos. A célula reage e esforça-se para agarrar em todo o ADN perdido, junta-o de volta no cromossoma. Há material que se perde para sempre, outro que fica numa sequência errada, genes partidos ao meio, outros repetidos. A célula resiste, mas a sobrevivência pode acabar por ter um custo enorme a curto prazo para o organismo. Uma equipa descobriu que esta é a causa de uma pequena percentagem dos cancros. O estudo foi publicado ontem na revista Cell.

“Geralmente pensamos nas mutações [de um cancro] como um processo gradual, que vai sendo construído ao longo de muitos anos”, explicou por e-mail ao PÚBLICO Peter Campbell, investigador do Wellcome Trust, em Cambridge, no Reino Unido, e último autor do artigo. “Se num único momento há um dano que causa a mutação de vários genes cancerígenos, então o tempo necessário para o cancro aparecer pode ser encurtado significativamente.”

Quando o diagnóstico do cancro é feito, o problema já ultrapassou o microcosmo da célula. Há um tumor a crescer rapidamente que se rodeou de vasos sanguíneos para se alimentar, e corre-se o risco de algumas células fugirem pelo sangue e implantarem-se noutra região do corpo, propagando o mal.

Mas no início tudo se passa ao nível dos genes. “As mutações nas células vão-se acumulando e há várias receitas com ingredientes diferentes para produzir o cancro, consoante os tecidos”, explicou por telefone ao PÚBLICO o investigador João Ferreira, chefe do grupo de Biologia da Cromatina no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. Segundo o especialista em biologia molecular e celular, estas mutações “activam genes que promovem o cancro e desactivam outros que protegem do cancro.”

Para João Ferreira, a descoberta de um fenómeno catastrófico que produz rapidamente um cancro “era uma possibilidade que caía dentro dos modelos teóricos.” Mas nunca ninguém tinha observado. E estava posta de lado principalmente por ser difícil imaginar um conjunto de mutações que de uma só vez pusesse em marcha os processos necessários para o desenvolvimento da doença.

A equipa de Campbell mostrou que isto era possível. Observando as mutações de tumores de diferentes tipos de cancro, chegou à conclusão que em certos casos a única explicação possível para estas mutações era terem acontecido de uma só vez. Esta percentagem é na maioria dos cancros de dois a três por cento. No caso do cancro do osso é de 25 por cento.

“O cromossoma é despedaçado em várias centenas de fragmentos numa única catástrofe e muitos genes podem ficar perdidos ou alterados durante o processo”, explicou Campbell.

Ainda não se sabe o que causa o fenómeno. O artigo avança duas possibilidades: radiação e o desgaste dos telómeros – a região final dos cromossomas que mantêm a integridade desta molécula. Por um lado, pode haver pulsos de radiação que acertem em regiões específicas dos cromossomas, danificando-os. Por outro lado, o desgaste dos telómeros nas divisões das células pode fazer colar dois cromossomas. Esta estrutura pode ficar presa numa divisão seguinte e partir.

Novos genes do cancro

Segundo João Ferreira, o que foi observado deverá ser uma pequena percentagem dos casos. Na maioria das vezes, a célula não aguenta a catástrofe e morre. É por isso que o fenómeno é responsável por tão poucos casos de cancro.

Mas como é que as células sobrevivem? “Não sabemos”, responde Campbell. “De alguma forma, a célula consegue escapar ao suicídio e tenta reparar os danos.”

O investigador do IMM aponta ainda que esta poderá ser a razão para a raridade do fenómeno. Na maioria dos casos, os genes necessários para desencadear o cancro estão distribuídos por todos os cromossomas e não concentrados num único local. É neste sentido que João Ferreira antevê as possibilidades desta descoberta. No caso de se desenvolver um cancro “pode-se começar a procurar genes críticos para que aquele caso específico”.

David Campbell vê uma hipótese de evitar a doença: “Se conseguirmos identificar o que causa estes danos, então podemos tentar prevenir que este processo aconteça.”

Sábado Jan 08, 2011 3:25 / netxplica.com

• Página 1 de 1


Responder

Últimos Artigos da Ciência Seleccionados

Mais de 20.000 artigos distribuídos por anos de escolaridade e respectivos temas programáticos.

  A lontra gigante que viveu na China há seis milhões de anos
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  O que nos une a uma criatura do mar que existiu há 540 M.a.?
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  67% dos corais do Norte da Grande Barreira estão mortos
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Um violento bailado cósmico na origem dos anéis de Saturno
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Debaixo do coração gelado de Plutão há um mar viscoso?
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Girafas sofrem “extinção silenciosa”
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Egipto quer exportar crocodilo-do-nilo para sair da crise
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Sexo, chimpanzés e bonobos
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  Cientistas suspendem no tempo desenvolvimento de embriões
11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

  A ilha de Santa Maria está a erguer-se do fundo do mar
10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

  Dentro de 300 M.a. existirá o super-continente Aurica
10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

  Quando é que as aves começaram a cantar?
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  A cauda maravilhosa dum dinossauro que ficou presa em âmbar
11.º Ano GEOLOGIA - II, Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres

  Subida do nível do mar medida nas dunas de Tróia
12.º Ano GEOLOGIA - II. História da Terra e da Vida

  Por que é que algumas células resistem ao VIH?
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

  Conservação do Lince ibérico
8.º ANO CIÊNCIAS NATURAIS - 2.2. Protecção e conservação da Natureza

  Mulher deu à luz depois de transplante de tecido do ovário
12.º Ano BIOLOGIA - I. Manipulação da Fertilidade

  O mundo encantado dos cavalos-marinhos tem os seus segredos
11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

  Confirmado: Ceres tem água congelada
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Confirma-se: a gravidez muda o cérebro das mulheres
12.º Ano BIOLOGIA - I. Reprodução Humana

  Utilização do fracking pode aumentar número sismos
11.º Ano GEOLOGIA - III. Exploração sustentada de recursos geológicos.

  Metástases do cancro da mama começam antes da detecção
12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

  Português ajuda a descodificar o genoma dos pangolins
11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

  Como é que as aves perderam os dentes?
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  Caixa de ferramentas para editar genes ganhou 2 ferramentas
12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

  Toneladas de lixo estão a chegar a um reservatório de água
11.º Ano GEOLOGIA - III. Exploração sustentada de recursos geológicos.

  Novas tendências das alterações climáticas estão para ficar
12.º Ano BIOLOGIA - V. Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

  Um rio de ferro corre cada vez mais depressa no interior
10.º Ano GEOLOGIA - III. Compreender a Estrutura e a Dinâmica da Geosfera

  As chitas estão em extinção
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  O que se passou com a bactéria da cólera desde o séc. XIX?
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

  Parasita que provocou grande fome na Irlanda veio da América
12.º Ano BIOLOGIA - IV. Produção de Alimentos e Sustentabilidade

  Descoberta uma espécie de rã nova para a ciência
11.º Ano BIOLOGIA - IX. Sistemática dos Seres Vivos

  Descoberto um dos primeiros animais do Atlântico primitivo
10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

  Papagaio da Austrália ficou com as asas maiores
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  Quanto tempo é que os ovos dos dinossauros levavam a chocar?
11.º Ano GEOLOGIA - II, Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres

  As borboletas diurnas de Portugal estão em risco
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Livro vermelho dos invertebrados pode avançar até 2018
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Identificadas proteínas envolvidas na infecção do vírus Zika
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

  Lua formou-se há 4510 milhões de anos
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Certas bactérias aumentam 4 vezes o risco de contrair o VIH
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças


  • C. Nat. 7
  • C. Nat. 8
  • C. Nat. 9
  • BIO 10
  • BIO 11
  • BIO 12
  • GEO 10
  • GEO 11
  • GEO 12


  • LOJA
  • FÓRUM
  • ESCOLA
  • EXPLICACOES ONLINE


  • Twitter
  • Facebook
  • YouTube
  • Youtube
  • Instagram
  • Linkedin
  • © netxplica. luisqueiroga@netxplica.com
  • Powered by: HTML5 UP